A SAGA DOS CAVALOS DA RAÇA PERSA

- A MARAVILHA DO MUNDO EQUESTRE

• A história registrou a evolução, 
  Deus caprichou na criação! 
  Coloriu a pelagem com multi-cores, 
  Brindou o mundo com cavalos de valores. 

   

• O colorido das pelagens inspirou artistas, 
  Pintaram quadros que encantam vistas, 
  E gravações nas pedras de cavernas, 
  Que registram uma cultura, 
  Os próprios cavalos são uma pintura! 

   

• Nos primórdios foram usados nas guerras, 
  Para soldados eram montarias, 
  E tambem carregavam artilharias. 

   

• Na Ásia e Europa ajudaram a erguer impérios, 
  Tanta coragem e valentia eram mistérios.
  Montados por tribos da Pérsia, pelos chineses, gregos, romanos ...
  Foram cavalos soberanos! 

   

• Por terras e mares, 
  Cavalos de muitos lugares. 
  Na Ásia e Europa eram cavalos da realeza
  - Imperadores, Reis, Príncipes ...
  Seduzidos pela beleza com nobreza. 

   

• Na força das velas, 
  Muitas travessias no Mar Mediterrâneo, 
  Calor e frio no porão das caravelas. 
  Atravessaram a imensidão do Atlântico, 
  Em viagem continental, 
  Da Espanha para América Central. 

   

• Nos Estados Unidos os índios foram seus domadores, 
  Os caciques idolatravam as cores, 
  Muitas lutas mortais com soldados e colonizadores.  

   

• No oeste americano em desbravamento,
  Eram cavalos mais velozes que o vento. 
  No galope desenfreado, 
  levavam estáveis os cavaleiros, 
  Com qualquer arma - lança, 
  flecha, rifle ,
  

• Os ataques eram certeiros. 

   

• Nos filmes de faroeste,
  São “atores coadjuvantes”, 
  Seus montadores não fazem papel do bem , 
  Mas animam semblantes, 
  Da audiência que vão se contém. 

   

• Cavalos do frio e do calor, 
  Da neve e dos desertos, 
  Aguentam falta d’água e comida, 
  Sobreviveram sem temor, 
  Libertos sob céus fechados e abertos, 
  Na vida fugida, dias sem dormida. 

   

• Cavalos de muitos nomes, 
  Para qualquer utilidade, 
  Montados por pessoas de toda idade. 

   

• as provas de maneabilidade e velocidade - laço, rédea, apartação -, 
  São chamados Appaloosa, 
  A performance é outra atração! 
  Para quem prefere a montada macia, 
  O nome é Walkaloosa. 

   

• Lá nas terras planas do Colorado, 
  Região de fazendeiros, 
  Na lida com gado, 
  O nome é “Cavalo dos Rancheiros”. 

   

• Tiger é outro nome de pintado americanizado, 
  Cavalo muito valorizado, 
  Tem a marcha de 4 tempos, 
  Cruzamentos com parentes longínquos das raças de Paso - Fino e Peruano,
  É show nas exposições todo ano! 

   

• La na Espanha o nome é “El Tigre”, 
  Da pelagem “Atigrada”, 
  São bons na “Gineteada”, 
  Uma mania da aristocracia, 
  Que também aprecia como Cavalos de passeio, 
  Montados sem balanceio.   

   

• Nos alpes Austríaco, 
  Lugar paradisíaco, 
  O nome é Noriker,
  

• Usados na tração agrícola, 
  As comunidades tinham preferência, 
  Eram garantia da sobrevivência, 
  transportavam mercadorias pelas cercanias. 

   

• La na China o nome é Soulon, 
  Nas fazendas onde trabalha, 
  É uma fortaleza, 
  Assim como a “Grande Muralha”. 

   

• Na Dinamarca os representantes dos pintados têm nome Knabstrupper, 
  São os de pelagem mais exuberante! 
  Um esplendor alucinante! 
  Ganharam fama e valor como cavalos de circo, 
  Animantes da criançada. 
  Mas também são utilizados nos esportes clássicos, 
  Cavalos de versatilidade, têm vitalidade, com vivacidade e velocidade. 

   

• Da Europa os dinamarqueses pintados foram para a América do Sul  em shows circenses, 
  Muitos espetáculos brasilienses 
  - dança, acrobacia, saltos em obstáculos...

   

• O Knabstrupper foi a origem do mais novo nome - PERSA MARCHADOR BRASILEIRO. 
  O precursor foi um criador mineiro, 
  Tradicional fazendeiro, 
  Era chamado de coronel, 
  Criava todo tipo de corcel. 
  Na década de quarenta,
  Passados oitenta anos, 
  Importou da Argentina alguns pintados dinamarqueses, 
  Uma jornada longa, 
  Sensação de terem sido meses, 
  De navio, trem e caminhada, 
  Nos caminhos de terras e mares, 
  Respiraram ares dos cavalos sulistas, paulistas e mineiros. 

   

• O destino final - cidade de Joaima, na Fazenda Aliança, 
  palavra de significado união. 
  La fizeram amizade com os marchadores, 
  Começou uma simbiose de marchas e cores. 
  Assim surgiu o Persa Marchador Brasileiro. 

   

• No Vale do Jequitinhonha,
  Construíram fama de cavalos sem-vergonha, 
  De coragem e valentia, 
  Serventia dos vaqueiros, 
  foram muitas tropeadas, 
  Tangendo cavalares, muares e boiadas. 

   

• La no Vale, em Rubim, 
  Terras de serras, 
  Um lugar de encanto sem fim, 
  Encontraram um “Recanto”, 
  Foram preservados, 
  marchando e galopando, 
  Nos vales entre montanhas de pedras. 

   

• Desenvolveram solidez na cascaria, 
  Para suportar a lida durante todo dia. 
  A procriação fácil é atestado da boa fertilidade. 
  Dos ancestrais da Dinamarca herdaram as 3 décadas de longevidade.

   

• Os vaqueiros preferem cavalo pintado, 
  Dizem que têm agilidade e velocidade na lida com gado  nelorado, 
  E a resistência do muar. 

   

• Nas cavalgadas todos querem montar, 
  Para sentir o conforto no marchar, 
  Dos pintados do Nelmar. 

   

• O selecionador é um visionário idealista, 
  Resgatou a raça Persa para o Brasil , 
  Em um singular cenário de belezas mil. 
  Tem sobrenome Araujo, 
  O mesmo do criador precursor, 
  Teve igual visão futurista, 
  Antevendo futuro promissor , 
  Para o cavalo PERSA MARCHADOR! 

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  Texto por Lúcio Sérgio de Andrade, 14/07/20